NSP Cap 28 Um Novo Horizonte

De volta ao trabalho depois de toda a farra. Tinha sido ótima.


Chamei o Léo no escritório na Terça. Como disse meu carinho pelo Léo não era só pela foda. O moleque já era parte da família. Sacava que era apaixonado pelo Felipo, tinha tesão imenso por mim sim. Mas ama secretamente o Felipo. Já falei com Il fratello sobre isso, senti da parte dele tesão, muito carinho e uma vontade de gostar menos do que gostava. Felipo pode ser um devasso como eu, ou até mais, mas no fundo tem minha perseverança, sonha em ser um grande e acha que deve se casar com numa mulher, crer que um advogado deve ter uma vida formal pra mostrar assim como um político. Isso mesmo, isto saiu da cabeça do doidivanas do Lipo. Brinquei com ele dizendo que nunca imaginaria ouvir uma loucura dessas logo da cabeça dele que aos 12 me convenceu que nosso amor não era pecado. Depois fui saindo do quarto e o vi olhando para a foto da Gioia, ia rolar papo sério ali. Rsrsr

O Léo chegou entrou na minha sala vestido como se fosse assistir um BaVi na fonte nova, Me Olhou e tirou sarro de como eu estava, é mole?

-E ai the Bigs, todo embecado? Ta gostosão vei. Cara ainda to mole da farra do findis.

-Quanto foi o jogo Léo?

-Jogo aonde Bigs?

-Esse que você foi assistir na Fonte Nova. Cheguei por trás dele e dei um puta tapa na nuca.

-Pô, the Bigs, um tapa desse uma hora dessa vei? O Leke aqui sai lá da barra, num busão lotado, pra vir aqui neste ambiente hostil. Tá maluco? Que foi que fiz?

-Seu putinho, chamo você pra vir no meu trabalho e você vem como se fosse a um jogo, seu pirralho filho da puta!

-IIhhh Bigs estressô!

È impossível brigar com o Léo, o cara não consegue reagir com violência a nada, principalmente o que vier de mim ou do Lipo. A única vez que o vi pirar estávamos na entrada de uma boate, e alguém falou algo de mim por ter sido chamado pelo doorman para entrar direto. Quando olhei pra trás procurando o Léo ele olhava pra cima e tinha o dedo na cara de um gigante. Ele simplesmente disse um monte de desaforo deu um soco no cara, que apenas sangrou, mas não se moveu um cm. Vendo isso o Léo olhou pra minha cara e disse fudeu Bigs e correu pra dentro da boate. Eu na hora pensei. Merda minha Diesel novinha há vai dançar na briga. Fui até o cara, tentando não brigar. Porta de boate ia da policia na certa, já me via na delegacia até de madrugada.

-Cara que foi que aconteceu? Meu irmão é meio doido cara me desculpa.

-Eu vou arrebentar aquela tampa de pinico!

-Amigo to dizendo que o cara doido, além disso, é um terço do seu tamanho, chega aqui do lado nós acertamos isso.

Chamei-o há uns dez metros da fila, falei que botava ele pra dentro e bancava a farra dele e da gata dele. Resolvido o problema. Entrei vi o Léo La dentro se escondendo atrás de uma pilastra.

-Porra moleke, tu arruma mó confusão e se manda?

-Ah o cara tava tirando onda dizendo que os mauricinhos viados entram na frente e eles que não tem grana pagam fila. Ahh Bigs mexeu com tu mexeu comigo!

Sorri dando um abraço no Léo. Logo em seguida entra o gigante e o chamo para que o Léo pedisse desculpas. Tinha certeza que morava no bairro e uma hora pegaria o Léo, então melhor ficar amiguinho agora. Tudo certo. Mas a noite foi bem carinha, a namorada do gigante se esbaldou no champagne. Voltando ao meu escritório.

-Léo senta aqui meu leke. Cara quero falar contigo sobre trabalho vei, tu ta rodando, deixando a vida passar e só de boréstia. Que horas tu vai dar um jeito na sua vida cara?

-Pô Bigs fico todo feliz quando você fala assim comigo cara. Como um paizão. Te amo Bigs. Mas ta ruim de arrumar emprego cara, ao menos um que me deixe terminar a faculdade. Pior que a mãe não tá agüentando vei, pagar a facu, 3 meses já sem mensalidade. Tô fazendo meus bicos, mas tá feia a onda.

-Você vai trabalhar aqui. No próximo semestre você muda de turno na facu. Vou te bancar os semestres que faltam vei, trás os boletos atrasados, entrega pra Silvia. À tarde você sai com ela e compra roupas pra trabalhar. Compre tudo precisar Léo da cueca ao sapato.

Ele tava de cabeça abaixada, eu tava sentado no tampo da mesa e ele na poltrona de frente a mesa. Falei.

-Você ouviu Leonardo? Tá precisando de material pra faculdade?

Ele levantou a cabeça. Tava sério chorando. Acho que foi na primeira vez que o vi sério de verdade.

-Pô the Bigs, não precisa fazer isso não vei. Só de ter sua amizade e a do Lipo, já sou feliz pra caralho.

-Preciso sim Léo você é nossa caçula lembra? E como você quer conquistar o Lipo sendo esse vagal?

Ele deu um sorriso meio desconfiado.

-Bigs você saca tudo né cara? Gosto muito do Lipo mesmo cara, nunca pensei que pudesse gostar de alguém assim, principalmente um homem, mas não consigo tirar o Lipão da cabeça, ele não sabe, sei que quer se casar, ta de paquera com uma patricinha ai.

-Se gosta lute, tô contigo, adoraria você de cunhado Léo. Mas faz o seguinte, primeiro cuida de você, termina sua facu, aproveita a chance que estou de dando cara. Sabe que tem amigo em mim e um aliado. Com jeitinho tu ganha a parada. Vem cá pivete me dá um abraço.

Deve ter sido um dos abraços mais ternos que já recebi. Isso faz dois anos, hoje Léo tá formado em administração, lutando por uma pós, vai bem no trabalho na empresa. E pelo jeito que vão as coisas nos dias de hoje ainda acho que ele é cara pro Lipo. O amor do Léo tá lá firme paciente, esperando o Lipo. O Lipo sabe o quanto o Léo é importante pra ele. Falta perceber que é loucura ele fazer uma vida de fachada, nenhum sonho precisa disso pra se realizar.

Assim que o Léo saiu entrei numa reunião que deve ter sido a mais importante de minha carreira de executivo. Estava sendo elaborada pelo governo federal uma licitação para uma grande hidrelétrica no nordeste. Era meu sonho levar a empreiteira para uma obra grandiosa dessas. O Ricardo me incentivava, mas sabia das dificuldades imensas para vencermos uma dessas, eu apostava num consorcio com mais duas empreiteiras grandes da região. Disso Ricardo duvidava uma delas era nossa arqui rival, já fazia quatro meses que eu trabalhava nisso todo santo dia. Uma noite o Ricardo me disse finalmente.

-Teo sei que você ta fazendo o impossível. Acreditando nessa licitação. Mas sou mais velho no ramo, te digo meu amor, é uma luta sem gloria.

-Desculpa Cado não acredito nisso, sou teimoso vei, vou conseguir. Não duvide, vamos ganhar essa licitação e bem antes de vencermos estaremos sócios de nossos rivais, anote ai. E mais vei vou ficar rico com a comissão que você e eles vão me pagar. Prepara o bolso vei.

Ele sorriu, tentava crer, mas se preocupava com uma derrota desse porte. Acho que pensava que destruiria minha autoconfiança.

-ok, meu garoto, o que precisar de mim terá, e se vencermos sua comissão vai ser fichinha.

-Fichinha pra vocês. Já tenho muito Cado mais uma dessas deixaria meus bisnetos ricos. E melhor que ninguém você sabe que meu tesão não é esse, não é a grana, meu tesão Cado é vencer o jogo, é te provar mais uma vez que o investimento que você fez na minha carreira não foi em vão. Quero fazer algo grande pela empresa Ricardo. Um dia saio de Brasília, tá difícil cara conviver com aquela matilha. Mas antes disso, vou fazer coisas que vai demorar muito pra meu sucessor me pegar, ele vai ter que ter metas bem altas pra me passar.

-Nunca tive duvidas de que o investimento valeu, você já provou muitas vezes. Mas cuidado com sonhos altos, a queda é feia.

Fingi que não dei à mínima, mas claro que tremi, o Ricardo era experiente, eu sou pinto perto dele. Mas algo me dizia que meu trabalho vai dar certo. Já tinha certa uma aproximação com as rivais, uma delas dirigida por poderosa executiva outra tinha a frente um cara jovem segunda geração da família, com esse já tinha conversado várias vezes, executivos jovens não tem medo de rivais, se juntam se isso os fizer ganhar mais. A mulher, executiva da outra empresa tinha aceitado um almoço com nos dois, parecia estar interessada. A licitação não demoraria a sair, formei uma equipe de engenheiros para estudar local, recursos, tudo que nos desse mais dados antecipadamente, levava essas informações com o moeda de troca na formação de um consorcio. A reunião seria secreta, feita num escritório de hotel, desses escritórios que ficam para alugar para executivos em transito, faríamos tal reunião em terreno neutro, escolhemos Fortaleza, seria um final semana inteiro. E mais sem secretarias, segundo escalão, só os chefes, em segredo e em confiança. Esta reunião agendada tão rápido, deixou o Ricardo abismado. Não sabia que eu estava me enchendo de informes e estudos, já conhecia inclusive certos detalhes da licitação ainda no forno.

-Caraca, como conseguiu tão rápido?

-Rápido? Tem meses que trabalho nisso Cado, tem meses que estudo, investigo, formo equipes junto documentos. Tá pensando o que eu só contava com meu charme?

Mostrei-lhes documentos, relatórios, estudos de obras, prazos, projetos já estudados, cronograma financeiro, estudos de viabilidade de credito. Informações importantes, que os concorrentes, nem tinham começado. Também lhe falei da minha idéia de como seria feito o consorcio e como trataríamos os recursos em comum. Seria uma quarta empresa na verdade, juntaríamos talentos e recursos das três empreiteiras.

Ricardo falou.

-Matteo não sei como consegue levar a vida do jeito que leva e fazer tudo isso ao mesmo tempo, se fosse eu ou qualquer outra pessoa, teria que viver enfurnado meses dentro de um escritório para fazer tudo isso. E você chega as 09:30 depois de academia e praia, sai as 17:00 e produz melhor que qualquer funcionário daqui.E mais almoça e dorme, deve ser o único executivo que come lentamente e ainda tira uma sesta.

-Cado a vida não é só trabalho. Para o trabalho render de verdade não é preciso ser escravo dele, faço mais porque quando faço estou totalmente dentro dele. E isso nas horas que são de trabalho, á noite só rumino e invento as soluções. E pra isso Cado melhor ler um bom livro que um relatório chato, ou uma reunião idiota que só te faz perder tempo e deixar a gente com cara de executivo democrático. Tu sabes que detesto reunião boba. Pra que vou ficar ouvindo o porra de um Mané que não sabe do que tá falando? Pra ser democrático e moderno? Prefiro acreditar em Maquiavel, ele sabe como o poder deve ser usado, e não é pra ser só bonzinho e magnânimo.

-Você é um tirano, pior que dá certo. Kkkkkk

-Tem gente que manda nesse tirano aqui, me deixa quietinho e dócil quando quer.

Fui pra trás da cadeira dele e lhe fiz uma massagem nos ombros, depois lhe beijei o pescoço.

A reunião que falei que foi a mais importante da minha carreira, era o resultado da reunião de Fortaleza, estávamos ali os quatro para selar o acordo que formaria o consorcio selando a união entre as três empreiteiras. A sede seria em Salvador, havíamos comprado mais um andar inteiro no prédio que é nossa sede e lá seria a sede do consorcio. O Léo trabalha lá, e o Lipo foi quem me ajudou a fundamentar a base societária do tal consorcio. O consorcio foi formado por meio de ações entrei com todo dinheiro que tiinha, para me tornar parte do negocio, não desejava de forma nenhuma administrá-lo, gosto de fazer o negocio e vendo que vai ser bom participar mas dirigir, entregar minha vidinha a um escritório to fora. O Ricardo estava pra lá de feliz, agora somos um dos grandes Como recompensa pelo negocio, mesmo antes da licitação o Ricardo dobrou minha participação no consorcio a titulo de comissão. Esta apenas pela formação da big empresa. Com uma parte de minhas ações recompensei o Léo e o Lipo, sem eles eu não teria feito tudo. Eles dois eram meu segredo. O Lipo me ajudou muito na parte jurídica, meteu a cara nos livros e fez milhares de consultas a jurídicos e professores. O Léo foi meu braço direito na organização de pessoal, documentos, reuniões, o moleque tinha se tornado eficiente de verdade, e sem perder o bom humor sua marca registrada, me acalmou e me deu suporte ilimitado, viajou como caixeiro viajante por todo o nordeste entre as empresas. Tava de carro novo, todo feliz e namorando o Lipo, mais entusiasmado do que deveria. Estavam naquele namoro sem compromisso, o Lipo ainda jurava que devia ter um nome importante com um casamento com a patricinha que estava namorando, uma herdeira da sociedade quatrocentona da Bahia, Bonita, finíssima, muito elegante. O Léo fingia que gostava dela, mas dizia a mim.

-Sabe que a namorada do Lipo, não sabe nem chupar uma rola? Ninguém merece vei!

-Como que tu sabes disso Léo?

-Ué? Toda vez que saem pra trepar. Trepar não né. Dá um sarro. Porque foda com mulher sem mamada e sem buceta não é foda! Ele sempre acaba na porta lá de casa, todo duro.

-kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, só você cara, pra me falar umas coisas dessas! E tu, que é que faz?

-Caio matando né vei? Deixo o cara em dia, full service como você diz Bigs. Kkkkk

-Pois é cara. Tu já pensou que isso é bem confortável pra ele? Pega os dois. Se não curti a foda dela tem você lá prontinho esperando.

-Bigs! Não tinha pensado nisso maluco! O Mané sou eu! Mas cara, não agüento quando ele vem todo bonzinho e ainda me dá cu e come o meu. Porra vei, que Mané que eu sou.

-Dá uns perdidos de vez em quando, deixa ele no zero a zero algumas vezes, ai ele se toca o quanto precisa de ti. E eu faço minha parte, tu dá um zig e eu também dou um zig nele, ai é zero a zero mesmo.

-Pô Bigs meu cunhadão tu é o cara, vai ganhar uma bela mamada pela força.

Em pleno fim de expediente, ele tranca a porta e já vem se abaixando entre minhas pernas, desabotoa minha calça, abaixa-as e cai de boca no meu cacete ainda mole. Cresce rapidinho, faz aquele serviço que ele faz como ninguém. De vez em quando me olha e sorri safado.

-Tá gostando Bigs?

-Para não vei, to quase.

-Me dá leite do cunhado vai cara.

-Porra Léo que boca do caralho cara.

-Põe uma camisinha nele cara, vou te comer.

Em minutos ela já punha a camisinha com a própria boca. Enchi seu cu de saliva, apoiei ele na mesa, e meti rola. O Léo mexe gostoso demais, puta que pariu, por isso que o mano não sai de cima ou debaixo do cara. Eu metia e ele forçava com força pra trás, depois de uns dez minutos metendo muito sinto que ele vai gozar. Meto minha mão por baixo dele e bato uma bronha nele, mordendo seu pescoço. Ele me enche o tapete de porra. Começo a inchar para o gozo ele sentiu e rápido me tira dele, tira a camisinha e mete a rola na boca, suga forte, em segundos encho-lhe a boca, que ele abre me mostrando engolir. Limpo a cacete dela com minha boca e ele faz o mesmo, nos recompomos, descemos a garagem, nossos carros lado a lado, ele me convida pra um chopp com a namorada dele.

-Vou não vei, depois que tu me esvazio, vou pra casa descansar. Deixemos pra comemorar na vitoria da licitação.

O Léo vem pra perto de mim e diz.

-Bigs! Obrigado cara, por tudo que fez por mim. Tô formado, empregado, com meu carro, as coisas lá em casa tão bem melhores, agora sou o chefe da família vei. Tudo isso meu irmãozão foi por sua causa. Você foi mais que um pai cara.

-Não Léo, tudo isso foi por seu esforço cara, se você não se dedicasse no trabalho nos estudos. Tudo que lhe foi oferecido teria sido desperdiçado Léo, foi você quem fez tudo, eu só te dei um lugar pra começar. E tô muito orgulhoso de você Léo. Você fez tudo valer à pena.

_Ok, Bigs, me diz uma coisa. Vai amanha á Brasília?

-Não Léo. Preciso que vá você e acerte a documentação do contrato antes, não adianta eu ir sem isto pronto. Você se incomoda de ir assim ás pressas?

-Claro que não chefe, tô fortinho tomei vitamina há pouco. Rsrsrsrsr

-Safado! Então vá na primeira hora Léo, se achar que até depois de amanha estará pronto me avisa que vou em seguida.

-Ok. Sr. Matteo!

-Gosto mais de Bigs. Kkkkkk Belo carrão hein? Deve pegando todas!

-Algumas! Tõ na moral vei .

Fui à casa do Ricardo. Lá mesmo tomaria banho e jantaria com ele, queria comemorar, ele até mais que eu. Lógico que estava muito feliz pelo negócio do consórcio como pelo meu próprio, me tornando sócio da empresa, mas gosto de comemorar vitórias completas, seria essencial vencer a licitação, ai sim a empresa começaria com lucro e trabalho para ao menos quatro anos. Chegando fui recepcionado com um beijo alegre, o Cado tinha chamado o Rick que me recebeu como um herói. Também ele estava fazendo grandes progressos nas fazendas. Estava comprando terras em Barreiras, região da soja. Iria ser além de pecuarista, agricultor. E melhor de tudo, acabava de se divorciar. Todos felizes, ex-0mulher satisfeita com o acordo, ele também e muito mais feliz que ela, e o cowboy dele já morava na sede. Iria estar conosco no próximo almoço de família. Ricardo brincava.

-Mais um homem pra família. Alguém faça o favor de casar com uma mulher, ou todos nossos genes morrerão conosco.

Cinco minutos depois chega o Felipo. Saltitante como ele só. Feliz me abraça e agradece o premio que lhe paguei em ações. Pergunta pelo Léo e fica aborrecido por ele não estar. Imediatamente liga pra ele. Quinze minutos exatos e olha o Léo todo bonito pro Lipo. O Rick comenta.

-Vocês Forman um belo casal, tão sempre juntos, dá pra ver na cara de vocês que se gostam.

Lipo diz na lata.

-Nos gostamos mesmo, mas cada coisa tem sua hora.

Em seguida dá um beijo no Léo, pensei que o leke ia cair duro. Ficou vermelho.

O jantar transcorreu em alegria, o Ricardo não parava de me olhar com seus belos olhos neles vi orgulho, amor e um carinho sem fim. À Noite quando dividíamos sua cama eu disse.

-Agora só falta vencermos a licitação.

-Claro que venceremos, você disse que vamos vencer, nunca mais duvido de você Teo. Além do mais você transformou a concorrência em sócios, uma empreiteira de outra região teria custos mais elevados pra trabalhar aqui e se assim fosse teriam que nos contratar como subempreiteira., Sua tacada foi de mestre.

-Não quero que sejamos mais sub nada.

-Teo você percebeu que deu a maior reviravolta na empresa desde que foi fundada? Nos transformou num dos maiores grupos do pais? Pela segunda vez numa curta carreira você transformou uma empresa que é mais velha que você. Você trouxe mais dinheiro pra firma em dois anos que eu em dez. Acho que me dei bem quando contratei o prostituto mais bonito da cidade. Como você se sente sendo um homem rico agora?

Tenho medo de não saber usar. Tenho medo que tanto dinheiro não seja usado pra algo útil, sabe Cado? Às vezes penso que é injusto ter feito tanto dinheiro tão rápido, tem gente que se mata a vida toda sem fazer um décimo do que fiz em tão pouco tempo.

-Matteo sei que foi rápido. Mas você entrou num tipo de trabalho que te trás altíssimas comissões e se tem ganhado muito é porque trabalha muito e da forma mais honesta possível. Não ache pouco o que fez, você tem talento garoto e muito, e sabe usá-lo.

Apesar de tudo que acontecia só me fazer bem, neste exato dia começou uma imensa mudança em mim, neste dia comecei a pensar se já não tinha o bastante para parar de fazer o que não gostava, odiava estar em Brasília no meio de políticos, vi coisas que me enojavam.

Pensei no que fiz pelo Léo, aquilo me fez mais feliz que ter ganho essa montanha de dinheiro. E mais outras viriam, se assim quisesse.Poder ajudar quem precisa e quer estudar, me fez pensar que minha vida poida ter sido de outra forma se eu tivesse tido mais apoio. Eu não sou bom exemplo para este caso, mal ou bem minha vida tem sido, o que sofri para chegar teria sofrido dessa ou de outra forma. Mas vi como o estudo e o trabalho mudou a vida do Léo. O vi orgulhoso de estar se sustentando e podendo ajudar a mãe que tanto ama. Hoje sem perder sua jovialidade e alegria sei que ele tá mais feliz de verdade. Circulando entre as várias obreas das empresas por todo o Brasil, vi coisas que me fizeram ter um imenso orgulho de ser brasileiro, vi gente que a cada segundo do dia move seus destino de forma heróica, tambem vi horrores e injustiças, vi crianças andando a pé mais de 15 km para poder chegar a escola, enquanto o Prefeito andava de carro novo pela cidade. A grande história pra mim é a de D. helena, minha heroína, me tocou de forma tão profunda que acho que foi o principio deste meu incomodo com o que estou fazendo com minha vida. Conheci no sertão esta mulher simples que tinha até a 4 série. Uma enxurrada havia destruído a escola local, e nunca chegou verba para reconstrui-la, agoniada com a situação das crianças, esta mulher vendeu numa feira tudo que tinha em casa, ficou apenas com um colchão, trocou tudo por cadeiras velhas de escola e quadro negro, chamou todas as crianças que estavam sem aula e dava-lhes classes o dia inteiro até onde ela podia ensinar, já que só tinha até a 4 serie, vivia de uma aposentadoria do marido morto, à noite quando as crianças iam embora, ela afastava as cadeiras e punha seu colchão no cantinho, conseguia dar merenda as crianças pedindo donativos a cada pessoas da comunidade, a cada fazendeiro próximo. No fim do relato ela me disse que nunca tinha sido tão feliz. Havia descoberto que podia ser a pessoa mais importante na vida daquelas crianças. Fiquei tão comovido com a história que estava em lágrimas quando ela terminou. Aquela mulher encontrou o caminho que eu buscava, senti até certa inveja, eu estava trabalhando num meio que desprezava, trabalhava com gente que por causa delas a escola daquele município nunca foi reconstruída, achava injusto a forma como eu ganhava dinheiro, bastava um jantar elegante, uma puta de luxo, o financiamento de um a orgia, ganhava milhares de dólares por isso. Me sentia mais útil quando era puto, ganhava pelo prazer que eu dava. Hoje eu ganho párea fazer o dinheiro chegar a uma parte onde deveria, ao menos aonde interessava a grandes empresários que ele estivesse.

So sai desta cidade depois de convocar alguns pedreiros da obra, material e reformar a escola e a casa desta senhora, que depois mandamos a capital para um supletivo e hoje inicia faculdade de pedagogia. A empresa lhe dá uma ajuda de custo, e ela só aceitou quando contratamos mais duas professoras para cuidar de suas crianças. Dia desses estive lá, foi quando descobri o que D. Helena tinha descoberto, eu já considerava as crianças como minhas também, estava ajudando a manter a merenda e o material da escola, na ultima visita, um menino que eu mesmo tinha levado pra lá sem saber ler nem escrever, veio me receber alegre na porta da sala, pulou nos braços e disse que já sabia escrever seu nome e estava começando a ler. Quando o vi escrever e o ouvi ler suas primeiras palavras uma emoção imensa tomou conta di mio cuore, percebi que eu tinha mudado a historia daquela pessoinha, achei que foi a coisa mais importante que eu tinha feito até este ponto da minha vida. Então pensei que eu posso arrumar uma forma de dar de volta uma parte do que a vida me deu, quero ajudar crianças a aprender, a descobrir o mundo através da alfabetização e da leitura, quero ajudar a quem como eu sonhava em estudar. Desde esse dia não paro de pensar em como fazer isso. Se fiz tanto dinheiro, mais do que posso gastar numa vida, seria maravilhoso poder dar a ele o melhor dos destinos. Tenho os meios, tenho os contatos, algum jeito eu vou dar de realizar isso. Em quanto penso faço mais dinheiro, agora sei que vai ser útil.