21 de fev. de 2011

NSP Cap 48 .....Io i babbo parte 1

Com o coração mais tranquilo em relação ao Léo e ao Lipo. Voltei feliz para Europa. Estava descendo em Bruxelas para uma conexão. Assim que liguei o telefonino (celular)  recebo uma chamada do Cado.
-Como vai meu menino? Se divertindo em New York?
-Que NY? Estou em Bruxelas e vou pegar uma conexão pra Roma. Ia te avisar, mas foi tudo tão rápido que não deu.
-Cara você deve estar um caco!
-Na verdade não. Estou bem. E olha que vim de Vancouver não de New York. Depois te explico esse capitulo.
-Puta que pariu! Devia pensar em ser comissário de bordo.
-Olha que vou pensar nisso! Mas como vão as coisas ai? Tudo bem com você, com a obra?
-Teo eu estou ótimo, descansando bastante. Quanto a obra. A parte de engenharia está indo a todo a pique. Mas preciso de ti com o decorador. Que cara chato!
-Deixa esse viado comigo! Ele está por ai?
-Está em Milão e não pára de me enviar catálogos de móveis e  objetos pelo email. Tu sabes que isso é contigo.
-Então passo em Milano antes de seguir para Roma. Devo chegar na madrugada por ai.
-Meu herói! E vem cá! O cara é viado mesmo?
-Sei não! Foi só um elogio. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Mudei meu ticket para Milano. Por sorte seguiria para Firenze depois. Estaria a apenas alguns quilômetros de Barberino Val D’Elsa. Eram 11 da manhã quando cheguei ao escritório do decorador. Pedi-lhe que fossêmos direto ao assunto. Tinha atravessado meio mundo e queria estar em casa. Combinamos que eu passaria a tarde com ele vendo algumas peças de mobiliário e aprovando orçamentos. O sujeito me arrastou para uma galeria de pintores contemporâneos. Apaixonei-me por uma tela de Nicola Bolaffi. Custava uma baba, eu não estava de torrar mais dinheiro que aquela semana estava me saindo. Resolvi dar um golpe baixíssimo! Peguei o telefonino e liguei pro Superman.
-Meu amor, tô adiantando as coisas em Milano. Chego tarde, mas antes da madrugada. Daqui sigo para Firenze, alugo um carro e chego mais cedo. Só por você cara pra eu fazer isto! Descer de um vôo de meia volta ao mundo. Cair direto num escritório para ver orçamentos de móveis de design. O cara é realmente chato! Mas tudo bem! Sendo por você.
-Sei.... Tô sacando que esta alma está preparando uma facada. Diga Teo. Conheço-te o suficiente pra sacar que você vai me dar uma puta facada nos bolsos.
Eu:
-Dio Santo! Eu aqui dando o meu melhor por você cara! É isso que eu recebo de volta?
-Não enrola! Fala!
-Tá bom! Cadão, uma tela de um cara que tá fazendo um sucesso legal! Ótimo investimento. Pô véi! Ia ser um presentão pro seu gato cansado de guerra.
-Dou a metade!
-Metade! Você vai me da metade de um presente? Metade de uma tela? Que parte seria? A moldura e a armação? Se vai me dá um presente me dê a porra toda. Vale como presente de natal, ok?
-Menino chato do caralho! E pão duro. Sei muito bem que você mesmo podia comprar isto.
-Pôxa Cado não ia ser a mesma coisa. Vou poder exibir meu presentão pra todo mundo, dizendo que foi meu gato que me deu.
-Tudo bem. Paga ai depois a gente acerta.
-Pô obrigado Cadão. You’re my man! Mas lembra que eu disse de Natal. Em janeiro é meu niver.  Não tem nada ver o cu com as calças. Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
-Isso vai te custar horas seguidas de sexo Signore Matteo!
-Fechado!
Como eu sempre digo, uma vez puto sempre puto. É inevitável. Kkkkkkkkkkkkkkk
Resolvi tudo que havia para ser resolvido. Meu belíssimo presente, mandei enviar direto para Toscana, devido ao seguro.
Cheguei a Firenze e aluguei um taxi para casa. Eram 00:30  hr quando cheguei. Fui recebido pela governanta que me informou que o Cado estava numa teleconferência com o Brasil falando com o Rick. Me disse que a ceia seria servida na terrazza. Aproveitando que o Cado estava ocupado. Fui direto para minha suíte tomar uma ducha. 30 minutos depois chego a biblioteca todo bonitinho e ele terminava a conversa com o Rick. Deu tempo de dar um beijo no Rick e ouvir ele sacanear com a roupa que eu vestia.
-Tá relembrando os velhos tempos tio?
-Tio é seu cu. Seu porra! A roupa de puto é pra seduzir teu pai.
-Então o coroa se deu bem esta noite? Não vou mais atrapalhar vocês. Sei que é tarde ai. Beijão pra você Teo.
-Beijão Rick, dá um beijo no teu cowboy ou eu mesmo dou.
-Olha o respeito rapá. Não se atreve!
-Ciao Rick!
Desliguei o monitor. Senti os braços do Cado enredar-me  num abraço.
-Então esse modelo regata branca apertada e calça justa é para seduzir-me?
-Ihh! Tu precisas ver o que está por debaixo desses paninhos apertados. Mas antes quero uma boa massa, um bom vinho e um bom papo. Sou tão facim assim não meu rei, exijo certa dedicação! Disse-lhe sorrindo e o beijando.
-Ao menos disfarça bem!
Rimos e nos abraçamos com carinho.
Seguimos para a terrazza onde estava servida uma pequena mesa para duas pessoas. A noite fresca com cheiro de ervas da Toscana era deliciosa, a companhia feliz do Cado era o máximo.
Conversamos sobre os meninos. A forma como os encontrei em final de orgia, os passeios que fizemos na ruas durante a noite nova iorquina, a viagem a Vancouver, os orçamentos da decoração e os móveis que escolhi. Ele me falou sobre o andamento da obra. Disse-me que até 15 de Dezembro com certeza estaria tudo finalizado, que sendo assim voltaria ao Brasil em 3 dias. Falei-lhe que eu iria a Napoli na Domenica (Domingo) pensava trazer o babbo e fazê-lo ficar comigo até todos chegarem para as festa de fim de ano. Usaria a desculpa de pedir que ele me ajudasse a fazer uma bela horta e novos plantios no pomar. Queria que tivéssemos na Villa todos os temperos básicos, alguns legumes e mais frutas, principalmente uns 3 ou 4 tipos de pomodoro (Tomate). Também queria umas duas vacas, algumas cabras e uma búfala, seria meu presente para o Lipo.
O Cado como sempre sorria e consentia em tudo. Ele estava feliz por eu finalmente estar de bem com a vila.
Eu penso em morar lá quando voltar da viagem pela Ásia. Voltarei a ser um executivo, claro! Cuidarei dos escritórios de África e Germânia, participarei dos conselhos e projetos. Mas morarei numa vila com cara de fazendinha. Grazzie a Dio a tecnologia hoje permite que eu fique um bom tempo dirigindo as coisas pelo home officce. Meu grande sonho é fazer com que o Cado passe comigo ao menos metade do ano. Fazendo o mesmo que eu pretendo fazer. Trabalhar como executivo, dirigir o que puder de casa mesmo, delegar mais poderes ao Rick, aos outros executivos, e ao Lipo com ajuda do Léo. Ficarmos nós dois cuidando do planejamento e na execução de grandes projetos.
Posso parecer adiantando demais em meus planos. Sei que sou muitíssimo novo. Mas pretendo ter meu bambino e pretendo fazer o Cado ter uma bela, saudável e longa vida. Não posso me furtar de pensar em nossa diferença de idade. Dizem que os 50 são os novos 40, mas os problemas coronários, cânceres e stress matam cada vez mais cedo. Quero viver muito ao lado de meu coroa gostoso, quero aproveitar cada minuto com ele, quero ver meu bambino correr pelos campos, brincar com os animais, ter um pouco da infância campesina que tive.
Pois é amigos! Este cara aqui sonha em ser putão-executivo-dona-de-casa-pai-de-familia-amante-ideal. Bem a cara de meu ego mesmo. Mas as mulheres conseguem. Porque um homem não pode conseguir?
O dia da partida do Cado me foi triste. Lembrei-me de uma das musicas mais belas de Cole Porter.
“Ev’ry time, you say goodbye”
 Everytime we say goodbye, I die a little,
Everytime we say goodbye, I wonder why a little,
Why the Gods above me, who must be in the know.
Think so little of me, they allow you to go.
When you're near, there's such an air of spring about it,
I can hear a lark somewhere, begin to sing about it,
There's no love song finer, but how strange the change from major to
Minor.
Everytime we say goodbye, I die a little.

(não pus a tradução para não me alongar demais, mas procurem no Google os que não forem muito íntimos do inglês)

Existem palavras mais belas sobre o sentimento da despedida?
Esta música me foi apresentada pelo meu melhor amigo, numa de nossas noites em que ele me apresentava ao blues, soul e ao jazz , enfim a belíssima musica negra americana do século XX. Nunca falei dele aqui, pois ele não me permite. Mas sempre que penso na beleza desta poesia em forma de música eu o agradeço.
MSH,meu amigo querido!  Sei que você me lê sempre. Saiba que as palavras desta música são para você também.

Voltemos!
O Cado se foi no Sábado. No Domingo de madrugada fui para Napoli dirigindo. Resolvi ir de carro para trazer o babbo sem tanto sobe e desce. Eu tinha ligado pra ele antes, já o tinha convencido a vir comigo. Dificil seria mantê-lo o mês todo até o pessoal chegar. Então pensei em ir inventando coisas para ele fazer. Faríamos uma pista de bocha. Alguns dizem que é um jogo de velhos, mas o babbo adora e eu e o Lipo sempre jogamos com ele. O Vecchio feliz demais dizendo que fazia tempo que não nos dava uma surra e estávamos precisando lembrar quem é o campione  de la famiglia.
É bom chegar em Napoli! O cheiro do mar! O napolitano falado nas ruas me lembra casa.
Abri os portões do sítio do babbo e me dirigi a casa principal, havíamos feito algumas reformas e a casa estava muito bonita. Impressionava-me como o babbo mantinha um cuidado exemplar, parecia ter uns 20 empregados. Na verdade trabalhavam fixamente apenas o babbo, um ajudante fixo e outro que vinha para tarefas mais trabalhosas. Talvez seja o trabalho duro que o mantenha tão saudável. Um Vecchio em plena forma de seus 60 anos. Porte de touro. Herdei sua altura e o Lipo seus belos olhos claríssimos. É um típico napolitano, falastrão, trabalhador e risonho.
Surpreendi-me ao vê-lo na porta de entrada já com sua mala de viagem pronta. Pensei que fosse dar mais trabalho.
Saltei do carro sem abrir as portas, estava num conversível. Vê-lo sorrindo e de braços abertos fez meu coração pular alegre dentro do peito.  Foi um encontro de touros, nos batemos forte num abraço viril e fraternal. Beijei suas faces e ele as minhas.
-Figliolo! Come va?
-Mio Vecchio! Sono Felice, sono con te. (Meu velho! Estou feliz, estou contigo)
Ficamos mais alguns minutos abraçados, em parte matávamos a saudade, em parte eu tinha medo. Sabíamos que o natural, seria agora correr para abraçar a mamma.  A mamma que não mais estava lá esperando eu desgrudar dos braços do mio babbo para abraçá-la e rodopiar com ela no ar enquanto ele me beijava e pedia que a deixasse no solo.
Senti as mãos dele me acarinhar a nuca. Sei que a mesma imagem se repetia na cabeça dele. Ele me afastou e olhou-me uns segundos. Seus belos olhos estavam brilhando felizes. Mudou de assunto como que para nos tirar daquele impasse doloroso.
-Andiamo via? (Vamos!)
-Piano babbo! Sono arrivato um átimo fa.  (Calma Pai! Acabei de chegar)
-Va bene! Scusa figlio. Voglie mangiare, bere qualcosa? (Está bem, Desculpa filho. Quer comer, beber alguma coisa?)
-Quero entrar, ver o sitio. Fazer um lanche. Prego?
-Claro! Entre figlio mio. Não tem nada diferente no sitio. Tudo igual. Já dei as ordens, mas saiba que virei aqui de 10 em 10 dias. Tem pão na cozinha, vou pegar queijo e vinho.
Sentei-me na borda da mesa da cozinha, o reino da mamma. Procurei não pensar nisso. Peguei um grande pedaço de pão partindo-o com as mãos. Derramei azeite num prato. Molhava o pão e sentia o gosto caseiro e verde do azeite feito pelo babbo. Ele voltou com uma roda de queijo. Partiu uns pedaços e serviu-me num prato. Pegou um copo e se serviu de vinho. O meu encheu até a metade e misturou com água.
-Babbo nom sono bambino!
-Estás guiando. Depois que você cresceu está com mania de me questionar!
-Perdona babbo.
-Coma sentado, na cadeira. Sua mamma não gostava que vocês comessem de pé.
-Sì signore.
 O babbo sabe como ninguém me fazer sentir um garoto de dez anos de idade. Aliás, a mamma também fazia isso, no lugar dele ela já teria me dado um tapa por estar comendo de pé com a bunda apoiada na tavola (mesa). Isso deixava o Cado feliz que só ele, o safado adorava me ver obediente come un bambino.
Conversamos sobre coisas do sitio e sobre o que eu gostaria de fazer na vila. O telefono de casa tocou e o babbo foi atender. Fiquei sentado olhando para o fogão à lenha. Veio-me à lembrança do sítio no Brasil, do cheiro de lenha e ervas, do sorriso da mamma nos servindo Il pasto, o Lipo encostado junto a ela batendo a massa da pasta de todos os dias. Quando o babbo voltou eu estava com o rosto entre as mãos chorando. Ele parou à porta e me olhou meio constrangido. Depois veio até mim. Me fez levantar e me abraçou dizendo.
-Lo so, figliolo! Anche io às vezes não suporto entrar aqui. Parece-me que ouço a Cali cantando enquanto cozinhava. Comendo aqui, chego a sentir o cheiro dela, e penso ver o sorriso carinhoso quando eu lhe segurava as mãos, ou quando ela contava orgulhosa a alguma visita de suo belli figli. Um dia doerá menos. Pra nós três.
-Queria ter estado mais tempo com ela babbo. Não fui um bom filho.
-Não fala isso! Nunca vi uma madre tão orgulhosa de seu primogênito. Você foi o melhor filho que ela poderia ter tido. É o melhor filho para este Vecchio turrão.  Não falo tanto quanto eu deveria, mas sou orgulhoso do uomo que se tornou.
Chorar, comer,beber e jogar Il calccio (futebol), esportes nacionais italianos! Enxuguei as lagrimas e mudei de assunto chamando-o para fechar a casa e seguirmos viagem.
O babbo fechando as persianas me fala.
-Figlio! Vamos passar em Ercolano (Herculano) no caminho?
-Ercolano é mais ao sul babbo, que quer fazer lá?
-Uma visitinha rápida. Pode ser?
-Isso tá me cheirando a buceta babbo!
-kkkkkkkkkkkkkkkkk, e das melhores! Una cona! un cullo, tetas di musa. (buceta, bunda, peitos de musa!)
-Vecchio safado! Essa amiguinha tem outra pra mim?
-Com sorte sim, mas se não tiver você se vira! Precisarei de umas horas para dar cabo no fogo da ragazza.
-Va bene babbo! Vamos a Ercolano. Mas bem que você podia me dar uma forcinha, falando pra sua amiguinha me arrumar uma companhia decente. Ou podemos dividir a tua amiguinha.
-Nem vem que aquela ali é uma inauguração que precisa de homem experiente e não um bambino.
-Olha só pra esse Vecchio! Nunca decepcionei nossas amigas. Il signore está com paura de eu estar em melhor forma.
-KKKKKKK, terás comer muito mingau.
Sorrimos e fomos abraçados até o carro. Pegamos a Via Arturo Consigli  rumo a pequena Ercloano. Éramos agora dois homens que falavam de mulheres, contavam suas conquistas, exageravam seus feitos, discutiam futebol exaltando a Azurra e a seleção brasileira. Os vinte e poucos anos de Brasil fizeram mio babbo também ser um mezzo brasiliano. Tem orgulho de ter nos criado numa terra tão bela e hospitaleira. Diz sempre que o Brasil tinha sido um vero babbo. Menos de meia hora, eis  Ercolano, cidade vizinha a Pompei (Pompeia), duas das cidades destruídas pela grande erupção do majestoso Vesúvio no ano de 79. É considerado um vulcão ativo. Ultima vez que expeliu lava foi em 1944. Napoli vive a sombra do gigante que segundo os geólogos destruirá a cidade e matará milhões em sua próxima grande erupção.
O babbo guiou-me até uma simpaticíssima trattoria. Entramos e fomos recebidos por uma donna esplendorosa, de uns 40 anos, lembrava a beleza da Sofia Loren no delicioso filme de De Sica “Matrimonio all’italiana”
Falei ao ouvido do babbo, enquanto a Donna vinha de braços abertos e um sorriso de derreter qualquer macho.
-Eu quero também.
-Cala a boca moleque! Disse o babbo.
Ela o abraçou com carinho assoberbado. Notei que o safado do Vecchio passou a mão na bunda dela que sorrio cheia de dentes. Em seguida fui apresentando.
-Ma che bello uomo! Ela disse, me sorrindo gentil.
Abraçou-me com carinho depois de me beijar. No abraço eu fazia sinais com os olhos para o babbo que fazia sinal em resposta que se eu me ousasse mais um pouquinho apanharaia. Pra completar o vexame  ele me mandou fazer la spesa (compras de mercado)como se eu fosse um moleque de recados. Mas ai dei uma sorte inesperada. Ela pede que o filho me acompanhe e também faça compras para o restaurante.
O garoto meio fresquinho, parece um carioca, tal o bronzeado da pele. Cabelos muito lisos presos num rabo de cavalo, corpinho palestrado (malhado de academia) e cara cheia de espinhas. Mas uma bunda de fazer chorar de bela.
Pronto! Eu que já estava excitado com a mãe, cismei de ganhar o rabo do garoto. Para me precaver de alguma demora, perguntei se ela se incomodava de seu filho mostrar-me o scavo (sitio arqueológico) de Ercolano. Como ela estava doidinha pra ficar a sós com o babbo, foi mais fácil que comer cú de bêbado.
Entramos no carro que deixou o garoto que não parava de me olhar pelos cantos dos olhos, muito bem impressionado.
-Una Maserati Cabrio!
-Já andou numa?
-Nunca! Vai ser minha primeira vez.
Sorri de modo cafajeste e disse.
-Que bom! Podemos fazer um monte de coisas pela primeira vez esta tarde.
Entramos no carro e imediatamente dei-lhe o telefonino dizendo que chamasse o supermercado e fizesse as compras. Assim teríamos tempo para dar umas voltas e pegaríamos os pacotes na volta para o restaurante. Perguntei-lhe se não queria me levar até uma praia mais sossegada e experimentar guiar um pouco o carro.
-Posso mesmo?
-Você tem quantos anos?
-18.
-Então tá na hora de dirigir una vera macchina!
No caminho eu perguntava sobre coisas banais. Estudos, namoradas, musica. A todo o momento eu punha a mão no meu cacete que já dava sinal de vida e quase gritava para sair dos jeans. Sabia que o garoto estava prestando atenção mais ao meu entre pernas que ao caminho e ao carro. As vezes demorava a responder tão concentrada sua visão estava. Desabotoei o primeiro botão reclamando dos jeans justos demais. Paramos numa bela encosta que dava para a beleza do mar mediterrâneo em todo seu verde esmeralda.  Olhei para o garoto e sorri, agradecendo-lhe ter me trazido até ali. Disse-lhe que queria mijar e soltei do carro.
Fiquei do lado da porta, tirei a camisa tentando aquecer-me com o belo sol de outono, mas também para me expor ao garoto.  Desabotoei o resto dos botões do jeans e pus o bichão pra fora. Mesmo tentando disfarçar, dava para perceber que o moleque estava com a boca salivando. Fingi não perceber e brinquei mostrando-lhe como eu estava excitado e seria difícil mijar assim.
-Acho que foi a calça roçando nele que me deixou assim.
Ele olhava fixo.
-Já viu um deste tamanho? Perguntei enquanto expunha a glande.
Ele meio sem graça.
-Só em filmes de sexo.
-Quer pegar?
Ele não respondeu, apenas olhou para os lados. Estávamos sozinhos, naquela época e hora eu tinha certeza que ficaríamos a vontade.
-Pega! Sei que você quer.
Ele veio devagar, parou a meio caminho. Eu disse.
-Pega garoto, não vou ficar aqui de pau duro pra sempre! Falei esta frase num tom mais áspero.
Ele veio com a mão. Tentou agarrar o matteuzão por inteiro, mas tinha espaço para mais uma mão. Ele o segurou com as duas, apertou um pouco. Fiz ele dar um pequeno salto. O garoto sorriu.
-Faz um carinho nele!
O leke começou a mover para frente e para trás, Cobrindo e descobrindo a glande.Tinha os olhos fixos na rola. Isso me excitava mais ainda.
No começo as mãos estavam frias, com certeza pelo nervosismo. Aos poucos suas mãos estavam quentes, macias.
-Põe na boca! Faz o que quiser com ele. Tira sua camisa.
Apareceu um peito jovem sem pêlos, tórax firme, pele bronzeada de quem está sempre na praia. Com uma mão soltei os cabelos dele. Se não fosse seu corpo de machinho pareceria uma menina devido ao rosto delicado apesar das espinhas. Sozinho ele abaixou as próprias calças e ficou de joelhos sobre a cadeira de motorista do carro. Ficou mais alto que meu umbigo. Quando as calças dele chegaram ao joelho exibiram uma bela bunda branquinha, redonda e firme, sem um único pêlo. Nossa! Suspirei. Eu parecia um lobo prestes a devorar o mais novo e tenro cordeiro do rebanho. O garoto tem uma boca de veludo!  Meu cacete brilhava no sol quando ele tirava da boca e olhava com admiração. Passei as mãos naquelas montanhas de músculos firmes, lisos e suaves como pêssego. No movimento enterrei mais de meu cacete na sua garganta. Ele quase vomitou.
-Você vai aprender a mamar direitinho moleque.
Mandei-lhe que voltasse para o banco do carona. Tirei as calcas ficando apenas com as boxers no meio das canelas. Sentei na cadeira do motorista, pedi que ele se sentasse no meu colo de frente pra mim. Assim feito, ficamos cara a cara. O moleque estava com sua rola pequena e grossa batendo na minha que lhe encostava o umbigo. Segurei-lhe firmes os cabelos e dei um beijo. A principio senti seu corpo tremer. Em segundos ele estava entregue. Pronto! Basta de beijos, muitas espinhas. Gosto não! Eu o fazia rebolar no meu colo. Estava louco para comer o rabo do leke, mas queria que ele pedisse. Devagar eu massageava a entrada dele, logo depois meti o dedo.  Ele depois de se contrair num espasmo, relaxou deixando-me livre. Fi-lo passar para o banco traseiro, baixei os bancos da frente, o deixei com os cotovelos apoiados na tampa do porta-malas. Mandei que arrebitasse mais a bunda, dei um tapa de forma gentil, ouvi um gemido, dei outro mais forte. Cai de língua e beijos naquele cuzinho novinho que piscava ansioso. Ele gemia cada vez mais alto. Às vezes eu o abraçava por trás e o beijava. Até que ouvi o que eu tanto desejava.
-Me come!
-Tem certeza garoto?
-Te prego! (Por favor)
Peguei uma camisinha e lubrificante no porta luvas. Enchi o rabo do garoto de gel, encapei o pau e comecei a investida de forma muito lenta. Esperava que ele relaxasse me dando oportunidade de invasão. Na primeira relaxada dele,  entrei com a cabeça. Um grito alto me fez tapar-lhe a boca. Sem necessidade, ninguém ouviria. Perguntei se queria que eu parasse. Ele me pediu calma e que o deixasse relaxar de novo. Brinquei com minha língua em seu pescoço e orelhas, dizia-lhe as coisas mais sacanas no ouvido. Finalmente o relaxamento esperado, junto com pedido para continuar. Fui entrando calmamente. Segurava-lhe firme as ancas. Alguns minutos depois estava todo dentro dele.
-Você me engoliu inteiro meu putinho gostoso! Falei.
Alguns minutos parados para que ele se acostumasse. O cara tinha um cú apertado do caralho. Piscava em volta de meu pau.
Comecei a bombar devagar, logo depois ele mexia gostoso. Eu via aquele rabo delicioso me engolir de forma gulosa. Ele mesmo forçava os movimentos para trás como se mais quisesse.
Dei um tapa nele.
-Garoto que delicia de cullo! Mexe pro seu maschio.
Ele gemia de forma descontrolada. Mudei de posição, ficando ele  com os braços apoiados no capô do carro.mandei que ele. De pé aumentei o ritmo. Senti que ele gozaria em instantes. Sentia as contrações de seu esfíncter anunciado um gozo em que ele não tocou no pau, vi um jato forte de porra cair sobre o capô.  Saí de dentro dele, e tirei a camisinha.
-Você vai me beber garoto!
-Nunca fiz isso!
-Vai conhecer um gosto de macho hoje! Abre a boca e me faz gozar.
Ele me punhetou, fazendo como eu mandava, apertando meu cacete. Segurei-lhe a cabe, quando senti vindo o orgasmo. Gozei dentro de sua boca. Olhando para ele vi uma boa quantidade lhe escapando.
-Bebe tudo cara, não desperdiça.
Ele sugou o que escapava com a língua e ajuda dos dedos. Mandei que ficasse com meu pau na boca até que amolecesse. Ele ficou e pareceu ter prazer nisso, pois não parava de sugar. Parecia um bezerrinho.
-Isso meu bezerrinho pega tudo! Gozei pra você!
Tomamos um belo banho de mar. Estávamos cheirando a sexo. O moleque não tirava um largo sorriso da cara. Voltamos nus para o carro. Abracei-lhe dizendo que tinha adorado fuder com ele. Ele me surpreendeu dizendo que fora umas brincadeiras com amiguinhos nunca tinha trepado de verdade. Sei não se era verdade! Poucos aguentam 23 cm de rola como ele agüentou. Arriei a capota do carro enquanto nos vestíamos. Ele sentou todo arrumadinho no banco do carona. Olhando aquela carinha safada, abri as calcas e mandei que ele fosse com meu pau na boca até chegar na cidade.  Ele não esperou uma segunda ordem.
Chegamos na cidade, pegamos as compras. Ao chegarmos na trattoria encontramos tudo fechado. Fomos ao terraço ajardinado do restaurante e vi uma porta. Perguntei o que era. Ele respondeu ser um toillet. Agarrei ele pelo braço, o levei até o toillet. Mandei que ficasse de joelhos. Abri as calças e falei.
-Quero te fuder de novo. Encosta ai na pia!
-Encapei a rola e meti, dessa vez mais firme. Comecei a bombar. Logo mandei ele sentar-se no balcão da pia. Levantei as pernas dele e meti de novo. Iniciei a meter com força. Ele tinha o pau duro.  Comecei a bater uma pra ele. Talvez devido ao lugar e a pressa, rapidinho gozamos. Depois de um abra,o e um beijo tirei a camisinha e fi-lo ajoelhar. Mandei que limpasse meu cacete. Ele caiu de boca. Por pouco não fiquei duro de novo. Ouvimos barulho de janelas abrindo no interior do restaurante. Recompomo-nos apressados. Aparecem os dois com caras inocentes e surpresas de nos ver no terraço. Nos chamam para comer.
O babbo me olhava com a cara mais safada que já vi na vida. Peguei por um momento, ele olhando o garoto de costas e notei que ele prestava atenção no andar do moleque. Balançou a cabeça e sorrio de leve.
Despedimo-nos. Poucos quilômetros depois perguntei.
-Valeu a pena babbo?
-Figlio quella Donna é una diosa. Mas parece que não fui o único a me divertir.
-Por que diz isso?
-Será que você aprendeu a fazer essa cara inocente comigo?
-Do que está falando babbo? Insisti.
-Matteo sei que você comeu o garoto. Ele tava andando como se tivesse sido estuprado.
-Que nada babbo.
-Sei o quanto você é tarado numa bunda figlio. No puteiro que eu te levava você já era famoso como devorador de cú.
Tive uma crise de riso. Olhei pra ele que também caiu na gargalhada, tive que encostar o carro até passar a crise hilariante.
Ele parou de rir e disse-me.
-Figlio! Credo que esta viagem será boa pra nós due. Estava com saudade de nossa parceria. Te voglio bene figliolo!
Beijei suas faces com carinho, fazia muito tempo que eu não tinha meu babbo tão perto de mim. Falo perto na forma como estávamos agora, rindo juntos, aprontando juntos. Estavamos juntos na doença da mamma, mas era difícil estarmos tão próximos como tem sido nesta temporada. Bom demais estar com mio vecchio devasso.

Perdoem-me  a mistura do português e italiano, me parece estranho estar com o babbo ou com o Lipo, e não mostrar um pouco da língua que falo em casa. Depois posto a segunda parte do conto. Tem mais aprontes que quero dividir com vocês.
Bacio,
Matteo

18 de fev. de 2011

NSP Cap 47... Eu aprendo, tu aprendes, nós aprendemos!

Saímos para jantar, comi feito um Neandertal. Levei os meninos para ver uma bela retrospectiva de Salvado Dalí. Falamos sobre a visão do tempo e dos sonhos pessoais, da urgência moderna na visão do celebre pintor. Fomos ao Rockfeller Center, tomamos gelato italiano numa esquina da 5° avenida logo depois do RC.
Tinha na cabeça a idéia de incutir algo mais grandioso na cabeça dos meninos que faziam de sua passagem por New York uma farra memorável. Estavam estudando sim, isso é valido e têm me deixado muito orgulhoso. Mas apesar de estudarem como loucos eu achava que eles estavam perdendo uma visão macro das coisas. Diferente de mim eles são menos observadores e muito mais imediatistas com o mundo. Faz parte da geração deles passar pelas coisas sem ver. New York é aglomerado gigantesco de informação é preciso olhos de ver, para não perder a parte mais importante das coisas, não só lá como em qualquer lugar deste mundo. Também senti diferente do que eu sempre soube deles, um consumo de coisas bobas, estavam percebendo o poder da grana. É fácil se contagiar numa terra que tem sua economia movida pelo consumo desenfreado de inutilidades. Onde a grana fala mais alto que qualquer valor. Tive uma idéia. Perguntei.
-Vocês têm alguma aula imperdível na Segunda-feira?
-Nada que não dê para recuperar.  Responderam
-Ok! Amanhã é Domingo, queria ir com vocês a ChinaTown. Mas se vocês toparem acordar bem cedo vou levá-los num lugar que nunca vão esquecer.
-Onde? Perguntou o Léo
-That’s the big surprise, pretty boy! Respondi.
Chegamos em casa e arrumei as coisas para o que tinha na cabeça. Dei uns telefonemas e resolvi tudo a contento.
Acordei bem cedo, às 4:00 da manhã me vesti com um conjunto de moletom e corri cerca de 8 ou dez quadras até a Brooklyn Bridge, adoro vê-la ao amanhecer. Segui pela East River Drive, passei pelo Financial District. Voltei por West River beirando o Hudson. Fôlego do carai! Matteozão ta em cima ainda!
Tinha deixado os despertadores da casa para acordar os meninos as 05:30 e deixei à vista um bilhete para que estivessem prontos quando eu chegasse. 
Quando voltei estavam prontinhos sem saber o que faríamos.  Falei:
-Peguem um agasalho pesado, e seus passaportes. Vamos a Vancouver.
-Canadá? Perguntou o Lipo.
-Bem, espero que eles ainda façam parte do Canadá e não tenham se tornado chineses sem nem avisar pro resto mundo.
-Bigs! Vancouver fica na costa West do Canadá!
-KKKKKKKKKKKKKKKK e em relação ao Pacifico ela está no East não é? Corram ou faço vocês irem a pé, nosso vôo sai daqui a 90 minutos.
Chamei um cab.
O transito é civilizadíssimo nos Domingos, pegamos o Holland Tunnel para Jersey, atravessamos de novo o rio pegando a New Jersey Turnpike e rapidinho estávamos no Newark Airport.  Corremos para o portão de embarque. Por sorte o Léo tinha lembrado de fazer o check-in  via web no caminho.  5 horas depois desembarcamos no moderníssimo Aeroporto Internacional de Vancouver. Vancouver é em minha opinião a mais bela cidade canadense. Mais da metade da população é de imigrantes, na maioria asiática. Vancouver consegue reunir todo o talento canadense para aglutinar e respeitar culturas, coisa que nós brasileiros também fazemos de forma natural. Mas eu queria mostrar para os meninos uma coisa que no momento passaria longe dos olhos deles.
O Lipo e o Léo estavam animadíssimos, conversamos bastante durante o vôo e vim falando sobre minha expectativa da viagem que faria pela Ásia, do modo como minha cabeça estava mudando em relação aos meus cuidados com os que amam. Disse-lhes sinceramente que quero fazer mais coisas por mim. Contei-lhes de minhas conversas com o Cado e claro pedi-lhes o apoio que eu necessitava para fazer esta viagem de forma tranqüila.
O Lipo.
-Ma Grandotte, por que nos trouxe até aqui? Poderia ter dito tudo que disse em qualquer lugar!
Eu.
-Sei disso fratello, mas meu amor. Vejo em vocês algo que não estou curtindo! Vocês tão me dando muito orgulho com suas conquistas, mas queria que vissem que o mundo é muito mais que dinheiro e esse sucesso-pop. Sucesso Lipo é estar bem consigo mesmo, é estar saudável, é ser útil para os que nos cercam. Sucesso fratello não deve ser medido com roupas de grife e saldos altíssimos no banco. Por isso trouxe vocês pra cá, essa cidade mistura o oriente e ocidente de forma menos selvagem que New York. Tem uma natureza exuberante. Vou mostrar pra vocês como é verdade tudo que digo.
Pegamos um taxi e pedi que nos levassem a um hotel que uma vez eu havia conhecido com o Cado, ele fica perto das Rochosas, a imensa cadeia de montanhas que na verdade é a continuação de nossos Andes latinos.
Quando chegamos na estrada que leva ao hotel era impossível não ser tomado pelo gigantismo das Rochosas, pela exuberância da paisagem natural que nas Américas só vi igual no Brasil e no Canadá, ao menos de forma pura, virgem, intacta. Uma grandiosidade que comove o mais brutos dos homens.
Paramos numa espécie de belvedere, um local para admirar a beleza do lugar, onde as montanhas se juntavam umas às outras formando uma muralha imensa, aos seus pés a beleza selvagem e verde das florestas da Columbia Britânica, um mar de sequóias imensas, pinheiros maiores que arranha-céus. A monumentalidade daquilo nos deixa sem fôlego.  Do outro lado do belvedere via-se um rio imenso que serpenteava pelos vales profundos de um verde insano. O cheiro daquele lugar era natureza pura, o vento frio nos trazia o cheiro nativo das Américas.  Falava tudo isso pro meninos e dizia mais.
Sabem? Estas montanhas estão aqui desde que a placa da América encontrou com aplaca do Pacifico. Elas são cicatrizes das mudanças que nosso planeta passou e passa através dos milênios. Não é certo dizer que elas sempre estiveram ai, nem que vão estar para sempre. Pois cada vento chuva, nevasca, terremoto as destrói pouco a pouco. Se a Terra durar o bastante quem sabe um dia não haverá aqui imensas planícies?
Era isso irmãozinhos que eu queria mostrar pra vocês. Quase tudo que nos cerca é mais importante que a riqueza material, tudo passa. Como eu disse ontem ao Léo, basta um tropeço meu e tudo que eu fiz financeiramente se desfaz em segundos. Mas sabem o que nunca vão poder me tirar? O amor e o carinho do Cado, de vocês, os amigos verdadeiros que fiz, as coisas que aprendi, os sonhos que sonhei. Tudo de verdadeiramente bom que eu fiz estará comigo em muitas e muitas vidas.
Gosto sim e tenho certo orgulho de ter crescido, ter feito dinheiro, afinal ele é necessário para nossa vida. Mas nem todos os milhões pagam o carinho que, por exemplo, a Estelita tem por nós, e por outro lado o dinheiro me serve para ajudar a educar os meus afilhados, empregar com dignidade a quem nos serve, ajudar quem realmente precisa. Sabe Lipo? Foi por mais ou menos este motivo que abandonei a montanha de dinheiro que Brasilia me proporcionava. O Lobby é uma coisa nojenta, ao menos da forma como os políticos o entendem. Percebi fratello mio que estava fazendo uma montanha de dinheiro em cima de trabalho nenhum, apenas em troca de jantares, favores, tapinha nas costas e como mágica milhares de dólares eram depositados em minhas contas. Não! Nunca foi dinheiro do povo, era dinheiro das comissões dos projetos aprovados. Mas era uma coisa tão sem sentido fazer tanto dinheiro apenas com um jantar caro, uma prostituta de luxo oferecida a um político sujo. Que isso me enojava deveras cara! Foi por isso Lipo que me desfiz de boa parte desse dinheiro aplicando em ações sociais. Não sou perfeito meu irmão também já fiz bobagens. Nunca roubei de verdade, mas de certa forma compactuava com o que via, compactuava pela omissão. Posso me defender dizendo que protegia os empregos de nossos empregados, mas sem querer tirava de outros.  Quando essa ficha caiu Lipo, mudei minha vida. Mudei minha vida Lipo, Léo por que percebi que as coisas mais importantes de minha vida eu aprendi sem gastar um tostão. Aprendi ouvindo nosso babbo e suas admoestações sobre caráter e honestidade. Aprendi dividindo um pão francês em dois para comer no almoço e no jantar, aprendi pensando enquanto andava a pé quilômetros para ir ao meu primeiro trabalho. Aprendi toda vez que precisei de um amigo de verdade, toda vez que vi um sorriso em um miserável ou numa criança que aprendia as primeiras letras.
De novo falo que não sou mais esperto, nem mais sábio que ninguém. O modo como me foi apresentada a vida me fez perceber coisas mais cedo que os outros, apenas isso.
Olho com muita curiosidade tudo que me cerca. É importante observar cada coisa que nos passa.  É muito importante meninos fazer um balanço toda noite quando vamos dormir. Pensar no que erramos. No que acertamos. No que poderemos fazer melhor da próxima vez. É importante respeitar cada ser humano que passa em nossas vidas, o mundo dá reviravoltas incríveis ninguém pode prever quem vai nos estender a mão um dia. Você lembra Lipo do cara que me trouxe e me tratava como lixo? Lembra de quando o encontrei literalmente dormindo na sarjeta? Lembra que te disse que não era favor nem vingança eu estender-lhe a mão? Pensem bem! Como poderia odiar um cara que eu também usei? Não fui só vitima não! Usei meu físico e meu sexo para seduzi-lo e fazê-lo me servir de passagem de ida para um mundo que eu sonhava conhecer. Ele foi o ponto inicial de minha vida.
Tô falando toda essa ladainha pra vocês para que não percam a chance que vocês estão tendo. Vocês estão na capital do mundo! Estão estudando nos cursos mais respeitados. Curtam a vida sim! Paquerem namorem, trepem. Mas não deixem de ver o que se passa em volta de vocês. Aproveitem o centro de arte que é New York e alimentem seus espíritos. Aproveitem a diversidade cultural e conheçam cada uma sem preconceitos e tabus. Tentem absorver tudo que passa por vocês, tentem aprender tudo. Sim aproveitem os lugares fashions, os homens e mulheres bonitos, mas não deixem de perceber e todos que passam por vocês. Sebem? Aprendi mais ouvindo a Estelita, uma simples governanta e a meu babbo um simples lavrador do que ouvindo políticos e grandes empresários em salões luxuosos. Mas notem que eu disse que aprendi mais e não que não aprendi nada com os tais politicos  e empresários. Sejam humildes todos podem ensinar alguma coisa. Até o que não deve ser feito. Qualquer pessoa de qualquer idade tem algo a ensinar. Lembro-me que quando ia visitar as obras da Hidrelétrica vi um moleque de uns dez anos ajudando os pedreiros. Na hora pensei que estavam explorando a mão de obra do garoto e chamei-o para conversar. Ele veio com a cara toda suja de poeira e um capacete dançando na cabeça.
Depois de pergunta-lhe o nome e me apresentar. Falei.
-Por que você não está escola?
-Estou sim, vou pela manhã, depois venho pra cá.
-E que horas estuda, digo faz os deveres?
-Desde a hora que chego aqui, vou observando os outros e aprendendo. Os trabalhos da escola eu faço quando chego à noite em casa.
Perceberam que esse menino do interior do nordeste faz desde criança tudo que eu aprendi. O poder da observação é imenso, pouca coisa supera. Por isso estava furioso com vocês ontem. Posso ter feito muita farra, posso de alguma forma sem querer ter dado maus exemplos. Mas sempre tentei mostrar especialmente pra você Lipo, sempre ensinei a respeitar as coisas dos outros a ter cuidado com o que não é seu e mesmo com o que é seu. Para que ter alguma coisa se não for para cuidar direito dela?
Passamos o resto do dia entre passeios maravilhosos, conversas longas e visitas a belos postos. Penso que consegui mexer com o coração deles. Despedimo-nos no aeroporto de Vancouver. Segui para a Europa e eles voltaram para New York, estavam mais calados e pensativos. Voltei feliz para Itália. Sabia que não mudaria para sempre meu amado Lipo, um dia ainda vou arrumar encrencas dele, mas tenho certeza, ou melhor, hoje sei que o Lipo e o Léo são mais atentos com a vida.

NSP Cap 46...... Uma visita ao Lipo e ao Léo

Acordei depois de uma noite mágica com o Cado. Pus uns shorts e tênis, dei um beijo no Cado que dormia profundamente ainda perdido com o fuso horário. Abriu os olhos sem saber se era manha ou tarde. Pra mim eram 5 da madruga, meu horário de exercícios, pra ele seriam 8 da manha, tarde para ele que como eu é madrugador. Menti que ainda era noite, queria que ele descansasse do vôo de horas que pegou para me ver.
Perguntei na recepção pra que lado ficava o mar. Fiz meus alongamentos na piscina do hotel e sai correndo para a direção indicada pelo sonolento recepcionista do Hotel.
Correr me faz pensar, sentir os hormônios fluir, inundando o corpo me deixa em meditação para pensar em coisas que durante o dia corrido simplesmente me passa desarpercebido.
Pensava no carinho do Cado, pensava no quanto dei sorte na vida em tê-lo comigo, pensava em mio fratello feliz com um cara que o ama. Pensava que quero pra ele tudo que tenho. Não digo financeiramente, pois o que é meu é dele, mas quero que o Lipo um dia se sinta tão seguro quanto eu com o amor de outro. Pensava no carinho imenso que tenho pelo Léo e no seu amor sincero pelo doidinho do mio fratello. Pensava no mio babbo que sofrendo a falta da mamma trabalhava no sitio como em homenagem a ela, lembrei da forma como olha para a cuccina, oggi que a mamma não está mais lá entre seus sugos, pastas e ervas.E ri lembrando que eu e o Lipo somos tão devassos e sexuais quanto ele. Pensava no carinho da Estelita em mandar-me a sobremesa, feita de forma tão carinhosa que me pareceu ouvi-la chamar-me de menino devasso gigante, como sempre fazia em suas brigas por eu e o Lipo andarmos de cuecas pela casa. , pensava em todos meus afilhados estudando, indo felizes à escola, sentia falta de vistoriar os boletins bimestrais de cada um deles.  Me veio na memória cada amigo que fiz na vida, cada amigo que conquistei na web escrevendo aqui minha estória, Pessoas de todas as idades e lugares, gente que pensa que eu valho a pena dois minutos de papo no MSN. Engraçado! Mas penso neles com tanto carinho que me parecem amigos de longa data que ouviram meu riso e meu choro e estão sempre lá para me dar uma moral.  Estava feliz pelo Cado ter concordado em ter o Rick junto a ele e com ele dividir o trabalho estafante de um executivo. O safado ia me dar mais trabalho tentando me livrar das mariposas que cairiam matando em meu gato agora mais livre. No problem! Se ele está feliz, eu também estarei. Pensei que daqui a no máximo dois anos terei um figliolo ou uma figliola e passearei com ele nos parques, brincarei de cavalinho, pegarei e levarei na escola, ensinarei minha vida e aprenderei com ele o futuro que será dele.
O sol nascia do lado de cá do Atlântico e lembrei-me dos jogos alegres de beach voley no Porto da Barra. Minha vida inteira passou como um raio na minha mente. Agradeci cada presente que a vida me deu, cada sofrimento sentido, cada noite insone trabalhando nos motéis e quartos desconhecidos ou em mesas de escritórios fazendo o meu trabalho de fazer dinheiro.  Fui humilhado e enaltecido. Mas a vida me é generosa, talvez porque eu seja também com ela. Meu coração não tem amarguras e tenho a vida inteira para fazer o meu melhor. Ou melhor! Tenho sempre o próximo segundo para fazer meu melhor.
Achei uma praça com equipamentos esportivos e pratiquei um pouco de musculação, pensei que seria mais divertido malhar ali que numa fria academia de hotel. Terminado o treino voltei para o hotel e o Cado estava vestindo um terno. Beijei-lhe e ele ralhou comigo por não tê-lo chamado para vir comigo. Reclamou que malhou sozinho na academia do hotel. Eu sorri, dizendo enquanto o abraçava suado.
-Tava com saudades de suas broncas. De seu ralhar logo cedo.  Tira este terno que não teremos trabalho.
-Para de tentar me seduzir!
-Poxa você de terno! Tão pertinho de minhas mãos! Covardia!
-Menino chato que já acorda de pau duro! Já bateu sua punhetinha solitária?
-Punhetinha não! Olha o respeito! Já fiz minha solitária sim. Por isso tô cheio de energia. KKKKKKKKKKKKK
-Você é único meu moleque!  Pedi o breakfast aqui na suíte. Você prefere descer?
-Não, comemos aqui. Cadão! T ô pensando em ir a New York ver os meninos. O que você acha?
-Pergunta boba! Sei que você vai de qualquer jeito dar uma bronca ao vivo nos dois. Faz o seguinte. Você me põe a par das obras na Toscana. Eu sigo para a Europa e te espero. Acha que vai ficar quanto tempo em NY?
-Uns dois ou três dias. Por que não vem comigo?
-Teo! Tô afim de Manhattan não. Prefiro te esperar na Toscana.
-Então vamos jantar no Marrocos? É caminho para nós dois.
-Caralho você não cansa de aviões!
-Viajo sentado! Como é que vou cansar? KKKKKKKKKKKKKKKKK Para de ser chato! Jantamos em Tanger, no La Nabab, você adora! Eles fazem o melhor couscuz do planeta. Jantar romântico vendo de longe as luzes de Gibraltar, uma boa trepada antes do vôo.
-Tá bem. Eu topo. Putinho barato!
-Puto sempre, barato nunca! KKKKKKKKKKKKKKKKKKK
Passamos a manhã passeando pelas ruas calmas de Benguela, em alguns becos vi crianças dançando kuduro, uma dança que contaminou as ruas de Salvador. Muito divertida, mas que exige uma boa dose de sangue africano para dançar com certa elegância. Eu mediterrâneo, sou apenas um baiano metido a negão. Nunca consegui.
À tarde atravessamos metade da costa africana num vôo direto a Tanger, teríamos 5 horas para jantar e trepar. O Cado seguiria para Roma e de lá para Siena, eu faria Madrid - New York. Percebi a maluquice que tinha proposto ao Cado assim que desembarquei em La Guardia, NY, estava um caco, quase caindo de cansaço na Aduana.  Fretei uma limusine, dessas que se alugam quase a preço de taxi em NY, com a vantagem do driver ser um pouco mais educado e não xingar durante o percurso. O pobre rapaz teve que me sacudir para me tirar do sono ferrado em que cai.
Eram 13 horas quando tentei por a chave que abre o elevador do Loft no buraco e depois de algumas tentativas frustradas a porta é suspensa pelo Léo de calça moleton e um bastão de baseball na mão. Quando me viu. Eu assisti o bastão descer devagarzinho de sua mão, cair no chão enquanto ele me olhava, assustado.  Seu susto passou do riso largo que é cara dele, depois de novo ao espanto. Perguntou.
-Bigs tu veio nos visitar ou dar uma surra na gente?
-Os dois, não nessa ordem.
Ele pulou em cima de mim me deu um beijo na boca e no pescoço e saiu correndo pelo loft gritando.
-Lipo! Tamos  fudido!  O Bigs tá aqui.
Lá de cima do mezanino aparece uma carinha linda de cabelos muito encaracolados, olhos azuis e corpo de deus, vestindo uma toalha de rosto negra que deixava seu corpo branco, mais branco ainda. Deve ter sido a causa da farra que parecia ter havido.
-Whos is Bigs?
Logo atrás dele aparece o Lipo, nuzinho em pêlo. Manda o garoto para o quarto e desce escorregando pelo corrimão da escada.
-Grandotte mio!
Abraça-me com todo carinho. Me dá um beijo demorado na boca, tirando minhas ultimas forças. Desfaço-me nos braços dele. Sentir o cheiro do Lipo de novo de tão perto me fez perder todos os sentidos. Toda ira que vim treinando durante o vôo se foi naquele beijo. Quando ele me largou, senti de novo o cansaço de três noites dormidas pela metade. Falei.
Libera meu quarto, troca os lençóis que com certeza estão esporrados e manda o putinho passear. Quero dormir, não quero barulho e quero os dois bem arrumadinhos assim como a casa inteira logo que eu acordar. Vamos ter um conversa.
-Pô Bigs tá mals hein? Cansadão! Quer uma massagem meu rei?
-Não tenta me seduzir seu puto de praia. Vou descansar, e quero os dois ex-presidiários em casa quando acordar. E mais! Quero ver as provas que têm feito no curso. Não fujam ou boto a policia atrás de vocês como arrombadores.
Léo:
-Vixe Lipo! O bicho pegou! Olha a cara de mal do Bigs!
Lipo estava com os cabelos que lembravam uma peruca Black Power . Neste momento levava o garoto bonito pelas mãos e dava um beijo de despedida com um forte aperto na bunda. Passando por mim o carinha me olhou de cima abaixo, fazendo charme barato. Fiz cara de bravo.
O Lipo volta e me abre seu sorriso matador. Me abraça de novo e assanhando meu cabelo me diz.
-Relax fratello! Tava com muita saudade suas. Desfaz essa cara de bravo que vamos preparar um banho pra você. Depois aquela vitamina nojenta que tu adora, fazemos a caminha pra ti e arrumamos o barraco.  Quando você acordar vai estar inteirinho pra nos bronquear e depois fuder com a gente a noite toda.
Pensei.
A quem esse sujeito saiu? A casa tava uma zona. Parecia que o Godzila e o King Kong resolveram trepar em plena sala. Estava claríssimo que eles saíram da delegacia e fizeram a maior farra. Meus tapetes persas pareciam que tinham sido comprados num brechó. Roupas intimas de homens e mulheres jaziam amassadas no ringue de Boxe que eu mantinha todo orgulhoso no meio da sala. Em outro brinquedo meu, uma cama elástica, vi de longe umas 3 camisinhas largadas. Com certeza elas não estavam pulando sozinhas na cama. Na clarabóia que ilumina todo o loft de teto altíssimo varias bexigas de parque de diversões batiam desesperadas para alcançar o céu.  Parei de olhar ao redor, tinha medo do que veria.
Quando comecei a subir a escada para meu quarto vi uma cena que foi a ultima gota. Minha bicicleta caríssima estava dependurada pela roda traseira balançando que nem carne de açougue.
Gritei apontado para a pobre da bike que exibia um suporte atlético dependurado no guidão.
-Ma che cazzo é quello?
Pelo canto dos olhos vi o Léo correr como um ratinho calunga para trás do balcão da cozinha. O Lipo fazia uma careta que o denunciava como autor do crime.
Pulei em cima dele e agarrei as orelhas dele com toda a força.
-Figlio de una putana!  Nom cé rispetto per nessuno? Per nulla? Voglie vivere come un maiale? (Filho de uma puta, não tem respeito per ninguém nem por nada? Quer viver como um porco) Si sei viva! Mamma ti amazzava, sporco, farabuto, imbecile, stronzo di merda. (se a mãe estivesse viva te matava, porco e lá vai palavrão e tapas...)
Ele cai de joelhos gritando, pedindo “scusas” que de nada serviam. Eu estava cansado demais para continuar com aquilo. Parei e dei mais um tapa na cabeça dele. Exausto fui para quarto. Enquanto eu brigava com o Lipo o Léo mais esperto que o namorado já tinha corrido para o quarto e feito minha cama.
Quatro horas depois acordo e sinto um cheiro gostoso de comida e casa limpa. Desci usando um roupão aberto e uma cueca. Dos degraus da escada vi os dois sentados arrumadinhos parecendo college boys com as caras mais inocentes do mundo. O apartamento cheirava a limpeza. A mesa posta com requinte. Não pude deixar de sorrir vendo a cara daqueles safados de uma figa que esperavam a bronca de um pai rigoroso. Sabiam que eu estava puto da vida, sabiam que estavam errados. Ao me ver sorrindo o Lipo deu um suspiro aliviado e relaxou da posição de menino perfeito. O Léo abriu seu sorriso de garoto que sempre me encantou. Vendo os dois uma imensa ternura me invadiu o coração. Tinha ido ali para ver como iam as coisas, dar uma bronca pela prisão, falar do réveillon que eu planejava juntar todos nós na Vila da Toscana e contar-lhes da minha viagem que não teria data de retorno. Sei como o Lipo é trabalhoso e não queria deixar o Cado com todo o serviço da família. Sei o quanto ele adora o Lipo e passa por cima de tudo que o moleque apronta. Sempre se acaba de rir dos feitos do Lipo e me deixa furioso com isso. Mas eu não podia deixar as coisas soltas assim! Eu não teria paz deixando-o  soltinho em New York com tudo que estávamos eu e o Cado proporcionando a ele. Cheguei a sonhar que viajando pela Ásia eu veria noticias pela CNN de um maluco que teve um efeito de uma bomba nuclear e havia afundado a ilha de Manhattan ou derrubado o Empire States ou feito um buraco no túnel do Rio Hudson ou incendiado o Central Park ou destruído uma exposição no MoMa. A lista era imensa de desastres que o Lipo tem o talento natural de fazer apenas brincando. Seria um achado para a Al Qaeda.
Sentei na frente do sofá e tentei fazer uma cara séria. O Lipo começa.
-Vem comer Grandotte. Pedimos comida Thai. Viu como a casa tá show de bola. Até acendi um incenso no pro seu Bundinha.
-Pára de chamar o Buda de Bundinha!
O Léo sufocou um sorriso. Vei todo mansinho e sentou no meu colo, Enlaçou meu pescoço e se aninhou no meu peito como um menino que encontra o pai voltando da guerra.
-Meu Bigs! Tô tão feliz com você aqui!
O Lipo sacou o truque do namorado, afastou o Léo para uma de minhas coxas e sentou na outra fazendo o mesmo que ele. Me encheram de beijos. Me fizeram cócegas nas laterais do torso me fazendo finalmente sorrir com vontade e explodir em alegria de estar com eles. Jogaram-me no tapete, me imobilizaram e sorrindo começaram a tirar as roupas. De um salto me livrei dos dois. Havia caído em mim. Sabia que não resistiria aquele ataque por mais tempo. Precisava ser o chato primeiro. Precisava tentar pôr juízo na cabeça dos dois.
-Nem tentem seus malandros descarados. Tão pensando que sou o que?
-Você é nosso Grandotte. Disse o Lipo que estava lindo de peito nu e calcas jeans.
-Nosso Bigs! Disse o Léo que estava uma perdição de camiseta regata branca.
-Sentem os dois do lado de lá e primeiro de tudo vamos por os pingos nos is. E cadê as provas que pedi?
O Lipo tentando se defender disse:
-Grandotte temos 26 anos, cara! Você está nos tratando......
-Como moleques que eu sustento e que estão vivendo de graça na minha casa que estão tentando destruir.
-Pô Bigs, usar do poder econômico é mals! Não combina contigo meu rei! Disse o Léo com inconfundível sotaque e gírias soteropolitanos.
-Olha aqui vocês vão ouvir tudo que eu tenho pra dizer depois me dão as desculpas. Ok? Cadê a porra das provas?
Me deram as provas. Cada um com sua pastinha. Primeiro olhei as datas para confirmar que estavam todas ali. Depois fiquei de queixo caído ao perceber que a menor nota era um B – (equivalente a  nota 8 em nosso sistema) e apenas em uma delas! Fiquei todo orgulhoso dos meus lekes safados. Mas não demonstrei que minha vontade era de abraçar e rodopiar com cada um deles nos braços. Comecei a ladainha. Fingindo que era muito normal a quantidade de notas A naquelas provas.
-Lipo, Léo, mandei você s pra cá para estudarem, se especializarem na área de vocês. Tudo bem. Nisso vocês tão fazendo a parte de vocês. Estão estudando e pelo que vejo bastante. Mas puta que pariu. Vocês foram presos por uma maluquice idiota. Não se tocam que estão adultos e não podem ser pegos num flagrante bobo desses? Vocês estão recebendo um ótimo salário para estudar! Moram num lugar elegante no bairro mais sofisticado da cidade mais cara do mundo. Estão vivendo como príncipes!
Eles ficaram calados, eu continuei.
-Léo, meu querido, você sabe o quanto te amo e te admiro, Sei que é um batalhador. Ao contrario do que você disse não estou usando do poder econômico não! Estou querendo que caia a ficha de vocês e façam suas farras se cuidando melhor e respeitando uma casa que não é de vocês. Eu e o Cado fizemos isso aqui com muito carinho! Cado está sempre por aqui a trabalho. Vocês são nossos funcionários seus porras! Logo de serem pegos fudendo num parque publico, são flagrados pelo chefe de vocês na maior zona na casa deles. É  fora demais , um em cima do outro! Porra gente vocês sabem o duro que nós 3 demos para estar aqui! Lipo fratello mio! Tu sabes o quanto passei! E o que passei mio fratello foi estar longe de ti. Ficamos anos distantes para você ter todas as oportunidades!  Vocês melhor que ninguém vêm meus esforços para educar tantos quantos eu possa. Vêm os filhos das pessoas que trabalham conosco se esmerarem em comportamento e estudo para fazer valer o que têm comigo.Não deixem esta chance passar! Não se deslumbrem com o que temos agora! Tudo isso aqui é merda. Um tropeço financeiro meu e tudo isso aqui desaparece. Mas  fica apenas o que aprenderemos nessa história toda. Façam suas farras, trepem com quem quiserem, mas não percam o respeito pelo que estão construindo.
O Lipo disse-me com os olhos cheios de lagrimas.
-Tem razão Grandotte! Pensei que você viria com um papo de não faça o que faço. Falaria de grana. Mas você tá sempre certo cara. Vamos tomar mais cuidado com nosso comportamento e com sua casa. Perdoe a gente!
-Poxa Bigs! Essa foi de fuder vei. Sei que você confia e ama a gente. Vamos tomar jeito. Prometemos!
Voltei a falar.
-Tem mais coisa que quero dizer! Eu e o Cado estamos tentando terminar a reforma da ala de hospedes da vila da Toscana a tempo para que passemos todos juntos o Capo d’anno (Reveillon). Eu, o Cado, vocês o Rick e o namorado. Vou levar o babbo também. Lipão precisamos estar juntos esse capo d’anno , mas que nunca precisamos estar como babbo e você sabe que preciso de você. Posso contar com vocês? Sei que tem sua família no Brasil Léo, mas gostaria muito mesmo de ter meu caçulinha comigo.
-As férias de fim de ano são só por uma semana Bigs. Vou estar com vocês sim. Irei ao Brasil no Thankgives Day.
-Anche io fratello. Vamos estar junto com nosso babbo!
Eu disse.
-Ótimo. Tem mais uma coisa!
Depois do réveillon viajo para a Ásia e não sei quando vou voltar. Devo partir na segunda semana de Janeiro e penso que fico fora de seis meses a um ano. Lipo isso é principalmente para você. Pela amor di Dio, tenta não fazer merda, me deixa curtir minha vida um pouco. Sabe cara? Preciso viver pra mim. Quero conhecer e aprender o mundo. Bisogno di su ayuto fratello mio. Te prego! (Preciso de sua ajuda meu irmão. Te peço!)
-Poxa Grandotte! Te dou muito trabalho não é? Mas cara, não sei o que acontece, pareço um imã de desastres!
Sorri e chamei para perto de mim.
-Meu Lipo, eu te amo tanto que nem que você fosse o próprio Pesadelo eu te amaria menos. E tem uma coisa fratello sei que você me ama também. Sei que é um cara do bem. Tenho muito, mas muito orgulho de você Felipo. Você é a melhor coisa da minha vida! Sabe Lipo? Se nós ainda fossemos lavradores, se ainda penássemos de sol a sol no trabalho da terra, mas, eu tivesse você por perto eu continuaria sendo o cara mais feliz do mundo por ter você comigo. Você é doce, amigo, honesto, inteligente, realizou todos os meus sonhos. Você é minha metade fratello! É a causa e o fim de tudo que eu faço de bom.
E por fim o castigo.
Sei que voc6es vão tentar se comportar. Mas agora quero que incluam na despesas de vocês e isso saindo da grana de vocês ! As despesas com a manutenção do Loft. Pagarão as contas de água, luz, gás, calefação, telefone, internet e a diarista que a partir de agora virá duas vezes por semana e não uma só.
O Léo.
-Puta que pariu Bigs! Vamos viver pra sustentar isso aqui.
O Lipo.
-Pegou pesadão Grandotte!
Nada que umas duas calça Jeans dessas que vocês usando não pague. Bom, vocês têm a opção de sair de Tribeca irem morar no Brooklim ou no Queens por um quarto do valor. Mas se querem morar aqui vão começar a saber quanto custa. Se eu fosse vocês aceitava a oferta.  Morar no Queens ou no Brooklin não faz o povo abrir as pernas tão facim como aqui. E tem mais! Vou equipar o quarto daqui de baixo para vocês e a partir de hoje vocês vão deixar minha suíte e do Cado, livre, limpa e fechada.
-Lá se foi a hidromassagem, o banheiro duplo, o camão super king size. Disse o Lipo.
-Vocês vão sobreviver sem isso! Disse eu.  Isso vai durar até quando eu sentir que estão nos eixos. Ah! Mas um detalhe. Vamos sair amanhã pra vocês me comprarem uma bike nova. Se preparem! Deve custar uns mil e quinhentos dólares! Sei que o Cado mandou grana, espero que não tenham torrado tudo na farra, ou vão passar o resto do mês comendo miojo e nada de Starbucks, teatros, lugares da moda e festas com putos gostosinhos. Mas amanhã naquele suporte terá minha linda bike novinha.
Uma ultima coisa.
-Me fala onde fui que vocês pegaram aquele gostosim do carai que saiu daqui quando eu cheguei? Quero um pra mim também!
Eles se acabaram de rir. Não reclamaram mais, pois sabem que quando cismo com um castigo é melhor ficar quieto pra não piorar.
Terminada a sentença e vendo que eles já tinham aceitado o destino. Sorri e disse. Agora quero meus carinhos. Tava morrendo de saudades de vocês seus putos!
Eles vieram me dando o carinho e amor que sempre tive dos dois. Tiraram meu roupão e de cada eu tinha um deles me beijando. Quatro mãos passavam no meu corpo, eu com as duas tentava dar conta daqueles capetinhas que sabem trepar com uma felicidade de dar inveja a qualquer um. Deviam estar atuando bastante em dupla. Sincronismo perfeito. Não havia uma parte de meu corpo que não estivesse sendo beijada, alisada ou chupada.
O Lipo me fez ficar por cima dele e foi delicioso de novo sentir meu fratellino debaixo de meu corpo, sentir suas coxas grossas me segurando com firmeza, seus olhos me encarando com amor e volúpia, sua língua a todo momento desbravando minha boca num beijo insano. O Léo com sua boca poderosa, me lambia e mordia as costas, descia até a bunda e lá se demorava lambendo meu cu. Fazendo-me remexer sobre seu namorado meu irmão. Perguntei ao Lipo se não machucava o meu peso sobre ele.
-Não! Se você pesasse o dobro ainda seria meu Grandotte, ainda te agüentaria mexer tão deliciosamente sobre mim, sinto sua rola roçar na minha, tão dura quanto. É bom demais ter você assim!
Ele falava me olhando nos olhos com profundidade, eu me afogava naquele mar de azul claro, sua boca muita vermelha, é um sorriso em cada silaba. Sempre nos comunicamos quase telepaticamente, ele sabe o quero, eu sei o  que ele deseja. Senti sua  mão entrar com foca entre nós dois, senti quando ele segurou firme o cacete e de novo me sorrio enquanto o apertava. Eu deitei do seu lado com minhas sobre seu corpo para eu também ter o pau irmão na minha mão. E nos olhávamos com fraternidade e unidade. Assim ligados éramos uma célula única. O Léo entrou entre nós dois, meio ciumento, meio invejoso de nossa entrega um ao outro. Lhe fizemos carinhos beijando sua boca e pescoço.  Pegávamos no cacete dele e sorriamos de estarmos os três juntinhos. E me abaixei procurando a rola de mio fratello, ele se virou querendo a minha, o Léo se alternava misturando sua saliva a nossa. Eu tinha o cacete de meu irmão na boca e sabia que tinha o meu gosto. E sei que ele sabe que tenho o gosto dele. Somos o mesmo prato servido duas vezes, e duas vezes devorado com gula.
Olhamos os três ao mesmo tempo para o ringue de boxe. Sorrimos, levantamos e fomos nos jogar ali. Agora a luta seria para saber quem daria mais prazer ao outro. Lá nossos corpos viraram uma massa única, entrelaçados numa orgia de prazer, cada um tentando se entregar da forma mais livre ao possível. Como sempre eu e o Lipo riamos e conversamos. Falávamos o que queríamos um do outro, dizíamos juras de tesão, contávamos o prazer que nos dávamos.
Num movimento o Lipo me fez ficar de barriga para cima. Primeiro esfregou seu belo rabo na minha cara me pedindo a língua. E ali entrei com delicia. Como podia ser tão trepador e ter um cu tão apertado ainda? Enquanto eu lambia o Lipo o Léo me chupava a rola e vez ou outra beijava o Lipo que rindo gema sentindo prazer com minha língua. O Léo descia e enfiava o cacete do Lipo na boca. Uns minutos depois fez o Lipo ficar sobre meu abdômen e ele mesmo se fez ser chupado por mim.  O Lipo encapou o meu cacete e com o Léo segurando minha rola foi sentando devagar no seu irmão maior. Neste momento o Léo se alternava em receber meus carinhos anais e levantar-se a oferecer a rola ao Lipo.
Lipo se mexia cadenciadamente. Como novidade o Léo se sentou no meu peito, a rola do Lipo lhe roçando a bunda subindo e descendo enquanto me fudia o cacete e ele meteu esfregqava o pau dele na minha cara. O cacete do cunhadinho era uma delicia roçando meu rosto. Eu passava a língua tentando abocanhá-lo, mas era difícil com os movimentos fortes que o Lipo fazia, agora se apoiando nos ombros do Léo. Senti  o rabo do Lipo quase me estrangulando o cacete. Empurrei o Léo para fora de nos dois queria ver o belo rosto do Lipo se contorcendo de prazer. E vi seu gozo vindo junto com um sorriso. Mas eles nem pensavam em me deixar quieto. Vendo que eu não tinha gozado o Leo deu um beijo no Lipo e disse-lhe que era vez dele. Trocou a camisinha que me cobria e sentou no lugar do Lipo. Senti cada centímetro entrar nele, quando completamente dentro ele se abaixa e me beija. Diz-me.
-Agora vamos gozar juntos! Quero que me coma de quatro!
Sem sair de dentro mudamos de posição e comecei a entrar e sair já bombando. O Lipo me abraçava por trás e falava sacanagens no meu ouvido. Me lambia os ouvidos e mordia de leve meu pescoço. Ficamos assim vários minutos. Avisei ao Léo que iria gozar. Ele pediu para ficar de frango assado. Assim fizemos. Ele olhava para mim e para o Lipo, eu pingava como  uma esponja encharcada.
Gozamos os dois como bichos aos gritos.
Cai ao seu lado. O Lipo se jogou por cima de nós dois. Minutos depois estava todo animado. Falei.
Parem! Chega por hoje! Querem me matar?
O Léo diz.
-Vixe o Bigs tá pedindo menos! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
-Tenho três sem dormir direito seu moleque. E sei que se eu me deixar com vocês me tiram o couro e viro tapete. Vamos tomar um banho e sair para jantar.
-Sushi! Disse o Lipo.
Eu
-Sushi o caralho! Quero proteína e muita. Quero carne vermelha! Quero churrasco brasileiro ou argentino. Quero sangue! Sei que não vão me deixar em paz durante a noite, tenho que ficar forte.
Léo
-Falou e disse Bigs!